
A DJI anunciou agora a disponibilidade do seu sistema de identificação remota de drones para as autoridades, AeroScope. Só uma nota prévia para quem nunca experimentou voar um drone, é necessário usar uns mapas que indicam zonas restritas e zonas proibidas. Normalmente os programas de controle remoto dos drones obrigam ao respeito das regras, mas é fácil ultrapassar a maior parte das proibições. O problema dos voos ilegais está resolvido com este AeroScope? Não, mas é um passo significativo. O sistema usa a comunicação que tem sempre que existir entre o drone e o seu comando, para transmitir a identidade da máquina, como se fosse uma matrícula electrónica.
Tem sido testado em dois aeroportos e parece que funciona, mal um drone descola na zona proibida coberta pelo novo aparelho detector este é identificado e a sua localização, altitude e velocidade são mostradas num mapa.
Quem já usou um drone da marca sabe que este só funciona depois de activado o que implica enviar a identificação do dono à DJI.

Claro que conhecer o “dono” não é a mesma coisa que saber quem o está a comandar mas o mesmo acontece com a matrícula de um carro e o seu condutor, e a matrícula continua a ser um sistema que funciona razoavelmente como dissuasor.
Depois, saber onde está o drone não implica automaticamente saber onde está o dono, nem quer dizer que as autoridades possam intervir em tempo útil, mas se todos os drones forem identificados é muito provável que certas pessoas pensem duas vezes antes de correr riscos.
Só que, o sistema é de uma marca, a DJI. Mesmo sendo de calcular que tem cerca de 70 por cento do mercado os outros 30 continuam por identificar. A DJI diz que vai fornecer a tecnologia, vamos ver se as outras marcas a querem. Uma pequena parte dos drones que por aí andam é construída pelos próprios donos, mesmo que seja uma quantidade negligenciável, é provável que um grupo terrorista o consiga fazer se o considerar importante.
Os drones estão identificados perante a DJI, convém esclarecer a quem é que a empresa se dispõe a entregar a informação e com que rapidez o poderá fazer. A empresa faz uma boa defesa do sistema e até prevê que se mantenha a privacidade de todos os voos que não estejam a quebrar regras.
Provavelmente este sistema implica custos para as autoridades o que quer dizer que mesmo que se disponham a gastar o dinheiro…vai levar muito tempo a estar efectivamente implementado numa escala decente. E seria interessante perceber que escala é essa. Será que as polícias deste mundo consideram prioritário ter deteção de dornes instalada em permanência em cada zona proibida? E em cada evento? Como os jogos de futebol? É mais por aqui que tenho dúvidas quanto à real eficácia, mais por razões de prioridades políticas do que pela eficiência tecnológica.
De qualquer forma a lei precisa de ser profundamente alterada. Num próximo texto vou explicar alguns pontos menos falados que na minha opinião seriam fáceis de resolver. Já que veio até aqui, subscreva o blog para não perder esse texto.
A defesa da DJI do sistema pode ser lida aqui
Eu habito numa zona “remota” considerando o número de utilizadores de DRONES por quilómetros quadrados. Contudo, o sentido de responsabilidade deve estar sempre acima das regras hexistentes. Quer do país ou local onde o “drone” vai voar. Há atitudes e regras, em que o bom senso impera! E o abuso é desnecessário! Mesmo quando não temos restrições legais! Amigos, temos restrições de bom senso, creio que basta. Quem pisar o risco, ups! O sensor do DJI referente à próximidade de aeroportos ou de outras áreas consideradas restritas/de cuidados acrescidos, funciona. Eu já os testei. Sugiro que respeitem, se não o fizermos, nem puderemos voltar a voar sem brevê para os A380! obrigado pela vossa sensibilidade.
Se fossemos todos responsáveis e de boa fé não eram necessárias estas medidas. Abraço meu caro
Esta medida já é um começo para que se faça algo, pois até agora nada tinha sido feito. Mas será que muitas destas escapadinhas proibidas não são é procura do video perfeito para que possa ser divulgado, á procura do maior número de visualizações, em troca de valores monetários ? Talvez outro passo fosse fazer com que os fornecedores desses serviços, não permitissem o upload dos vídeos proibidos nos servidores pretendidos, por exemplo..
Para já não podemos considerar uma medida concreta . É uma proposta da DJI que provavelmente vai avançar pelo menos nos drones deles. Não vejo mal nenhum em fazer imagens por dinheiro dentro da lei claro. Não vejo como é que distinguiria o que é vídeo legal de ilegal antes da publicação. O